segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

(...)

O ir e vir, o pensar e meditar, o ato de se encontrar e ao mesmo tempo se desencontrar, torna o embalo da vida agitado, por vezes descompassado. É nessa montanha russa de reflexões que o eu interior, aquele eu superior, se mostra, se abre, se permite respirar. Nesse encontro completamente pessoal e intransferível que o amor próprio se dá. Nas horas que a contemplação da simplicidade se torna complexa e cheia de minúcias. Quando o questionamento cessa e a paz impera, o amor aflora. A felicidade transborda pelo fato de simplesmente existir um "eu" descoberto de camadas...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

ao MEU ver;

Escrever é terapêutico, falar é terapêutico, poder expressar os sentimentos é terapêutico.
Todos esses atos ajudam no autoconhecimento, na descoberta do nosso tão procurado "eu interior".
Temos fases que nem a lua, ora bem, ora mal.
ora felizes, ora tristes!
ora cansados, ora super dispostos...
ora isso, ora aquilo.
Esse vai-e-vem de "sensações-sentimentos-turbilhões" são as batidas que embalam a melodia da vida.
A letra, somos nós que definimos.
Quem, por essa vida passar, e não se abater, não se abalar, não se sentir vibrar por nada nem ninguém, lamento informar, nem coração nem sentimentos há de ter, obviamente que tudo isso é "ao MEU ver"!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

60's

     Os anos 60, acima de tudo, viveram uma explosão de juventude em todos os aspectos. Era a vez dos jovens, que influenciados pelas idéias de liberdade, da chamada geração beat, começavam a se opor à sociedade de consumo vigente. O movimento, que nos 50 vivia recluso em bares nos EUA, passou a caminhar pelas ruas nos anos 60 e influenciaria novas mudanças de comportamento jovem, como a contracultura e o pacifismo do final da década. Nesse cenário, a transformação da moda iria ser radical. Era o fim da moda única, que passou a ter várias propostas e a forma de se vestir se tornava cada vez mais ligada ao comportamento. O movimento estudantil explodiu e tomou conta das ruas em diversas partes do mundo e contestava a sociedade, seus sistemas de ensino e a cultura em diversos aspectos, como a sexualidade, os costumes, a moral e a estética. No Brasil, lutava-se contra a ditadura militar, contra a reforma educacional, o que iria mais tarde resultar no fechamento do Congresso e na decretação do Ato Institucional nº 5. Talvez o que mais tenha caracterizado a juventude dos anos 60 tenha sido o desejo de se rebelar, a busca por liberdade de expressão e liberdade sexual. Nesse sentido, para as mulheres, o surgimento da pílula anti-concepcional, no início da década, foi responsável por um comportamento sexual feminino mais liberal. Porém, elas também queriam igualdade de direitos, de salários, de decisão. Até o sutiã foi queimado em praça pública, num símbolo de libertação. Os 60 chegaram ao fim, coroados com a chegada do homem à Lua, em julho de 1969, e com um grande show de rock, o "Woodstock Music & Art Fair", em agosto do mesmo ano, que reuniu cerca de 500 mil pessoas em três dias de amor, música, sexo e drogas.
Créditos: uol

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Miscelânea

O que eu priorizo, o que me toca, o que me atinge, o que me toma por inteiro é baseado em pensamentos positivos, em sentimentos com consistência, em atos e não em palavras jogadas ao vento. Levo a superficialidade como algo que se leva para passar o tempo. O que baseia-se na consistência das evidências deve ser levado com a maior responsabilidade e maturidade. Mas o que trata-se de superficialidade, na superficialida permanecerá e muito improvavelmente de posto mudará. Incrível, como o pensamento afeta! Estava eu a conversar com meus botões e esclarecendo por dentro o que aflora por fora. Não adianta querer mostrar uma face irreal, inexistente, falsa, fingindo ser uma coisa quando na verdade se é outra. A "afetação" vai além disso, vai além da fachada! É coisa de energia. Quando se está bem, mesmo séria, a pessoa mostra um brilho no olhar, um jeito firme de agir, algo a mais que transparece além da face. Penetra no outro. Isso sim afeta! Quantas fachadas vagando andam por ai. Exibindo a maior e mais vazia felicidade do mundo. Acorda! Não adianta....é coisa de energia! A face ri e o coração chora! Não tem como esconder os sentimentos, os desejos, os anseios, definitivamente não tem! Esses sentimentos afloram em forma de energia. Ainda que você ria....o que transparece é a sua energia. O que afeta é a sua real intenção. Isso serve para qualquer ocasião, para qualquer situação. Então é bom que o sentimento e a sensação sejam encarados com naturalidade, com respeito e resposabilidade pelo que se sente! Sem vergonha de se assumir por inteiro, intensamente!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Os que eletrizaram;

Embora nos iluminemos apenas de um instante e os que eletrizaram, por via da participação misteriosa, sigam. O que seria da vida e do pensamento se não houvesse oportunidades semelhantes? As idéias e valores existem ante nós como alvos inatingíveis, e o nosso destino é tender a eles. Por isso a vida é uma tendência sem fim, excetuados os momentos de plenitude que suspendem a corrente do tempo. Não obstante, enquanto permanecermos de um lado, e os valores de outro, o esforço e a lucidez da nossa visão serão mais ou menos frouxos. Na vida, só sentimos a realidade dos valores a que tendemos, ou que pressentimos, quando nos pomos em contato com certos intermediários. A abstração e o sentimento adquirem vida e somos capazes de sentir plenamente, viver os valores. Ao contrário da vida, que dispersa, os que eletrizam o instante condensam e unificam extraordinariamente; daí se imporem como um bloco e fazerem ver a vida como um bloco, que nos afasta por um momento da mediania e impõe uma necessidade quase desesperada de vida autêntica.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sentimento sem nome

"Mas eu não quero ter vergonha de nada que eu seja capaz de sentir. Tento não ficar assustado com a idéia que este tempo aqui é curto."
-
Por isso, o que eu tiver pra falar, eu vou falar. Só não sei por onde começar, se eu nem mesma sei como pode existir algo tão intenso assim. Simplesmente foge de mim. Pertencia àquela espécie de gente que mergulhava nas coisas às vezes sem saber por que, não sei se na esperança de decifrá-las ou se apenas pelo prazer de mergulhar. Essas são as escolhidas — as que vão ao fundo, ainda que fiquem por lá.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A hora da Estrela

Todo mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o que, mas sei que o universo jamais começou.
Que ninguém se engane, só consigo a simplicidade através de muito trabalho.
Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever. Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pré-pré-história já havia os mostros apocalípticos? Se esta história não existe, passará a existir. Pensar é um ato. Sentir é um fato. Os dois juntos - sou eu que escrevo o que estou escrevento. A verdade é sempre um contato interior e inexplicável. A minha vida a mais verdadeira é irreconhecível, extremamente interior e não tem uma só palavra que a signifique. Meu coração se esvaziou de todo desejo e reduz-se ao próprio último pulsar. A dor de dentes que perpassa esta história deu uma fisgada funda em plena boca nossa. Então eu canto alto agudo uma melodia sincopada e estridente - é a minha prórpia dor, eu que carrego o mundo e há falta de felicidade. Felicidade? Nunca vi palavra mais doida, inventada pelas nordestinas que andam aí pelos montes.

*~

Embora só tivesse nela a pequena flama indispensável: um sopro de vida. (Estou passando por um pequeno inferno com esta história. Queriam os deuses que eu nunca descreva o lázaro porque senão eu me cobriria de lepra.) (Se estou demorando um pouco em fazer acontecer o que já prevejo vagamente, é porque preciso tirar vários retratos dessa alagoana. E também porque se houver algum leitor para essa história quero que ele se embeba da jovem assim como um pano de chão todo encharcado. A moça é uma verdade da qual eu não queria saber. Não sei a quem acusar mas deve haver um réu.)
Será que entrando na semente de sua vida estarei como que violando o segredo dos faraós? Terei castigo de morte por falar de uma vida que contém como todas as nossas vidas um segredo inviolável? Estou procurando danadamente achar nessa existência pelo menos um topázio de esplendor. Até o fim talvez o deslumbre, ainda não sei, mas tenho esperança.

C.L.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Insuportável

É assim que me sinto hoje.
A incompreensão e a voluntariedade da incompetência humana extravazaram meu limite do suportável.
Estou cansada de ver pessoas discutindo a competência das outras (não no sentido de poder, mas de capacidade mesmo).
Tudo bem, essa última frase foi um dos eufemismos mais baratos que alguém poderia criar para competitividade, mas confesso que não vou perder meu tempo procurando palavras criativas.
Não hoje.
Hoje eu pensei o dia inteiro em como deve ser interessante a vida dos eremitas.
Não tem ninguém pra encher o saco, ninguém pra explorar sua sanidade, ninguém pra te proporcionar, conscientemente, o sentimento de solidão que todos nós evitamos...
Carinho, afeto, afago? Pelos meus últimos posts aqui acho que já deu pra notar minha desesperança nesse lado bom das pessoas...
Hoje eu quis, mais uma vez, uma passagem só de ida para Plutão. É o planeta mais distante do Sol, o último do Sistema Solar, mas principalmente, o mais distante da Terra.
Nunca me senti tão mal por ser humana como hoje.
Nunca me deparei tão de frente com minhas imperfeições, e com toda minha impaciência como hoje (e olha que eu já fiz isso váaaaaaaarias vezes).
Nunca quis ser um pássaro e voar para bem longe TANTO quanto eu quis hoje.
E agora acabo de perceber que hoje já é ontem.
Mas essa angustiante sobrevivência não cessa, e isso é o bastante para me cansar pelos próximos 30 anos.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Cheiros

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede, que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.

Tem gente que tem cheiro de banho de mar, quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal, do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Tocando com os olhos os olhos da paz.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. E a gente ri grande que nem menino arteiro.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sistema

Enquanto pessoas perguntam por que, outras pessoas perguntam por que não?
Até porque não acredito no que é dito, no que é visto.
Acesso é poder e o poder é a informação. Qualquer palavra satisfaz. A garota, o rapaz e a paz quem traz, tanto faz. O valor é temporário, o amor imaginário e a festa é um perjúrio. Um minuto de silêncio é um minuto reservado de murmúrio, de anestesia. O sistema é nervoso e te acalma com a programação do dia, com a narrativa. A vida ingrata de quem acha que é notícia, de quem acha que é momento, na tua tela querem ensinar a fazer comida uma nação que não tem ovo na panela que não tem gesto, quem tem medo assimila toda forma de expressão como protesto.